quinta-feira, 30 de julho de 2009

QUEM QUER LIQUIDAR SARNEY?

O senador Sarney é um dos remanescentes das antigas oligarquias, que participaram, por longo tempo, do comando do Estado brasileiro. Como todos os demais, ele migrou da classe dos latifundiários para a burguesia. Apoiou o golpe militar de 1964 e foi figura de proa na Arena. No final desta, foi para a Frente Liberal. Mas apercebeu-se, antes dos outros de seu partido, que o regime militar estava no fim e que, para salvar sua classe, era preciso trocar de lado e realizar uma transição negociada.
Foi essa visão que lhe valeu a candidatura a vice-presidente, na eleição indireta de Tancredo, e a presidência, ante a morte prematura do cabeça da chapa. Seu governo foi medíocre, embora tenha contribuído positivamente para a concretização das primeiras eleições presidenciais diretas, após mais de 25 anos, fundamentais para a consolidação do processo democrático no Brasil. O que não foi pouco.
Bem vistas as coisas, Sarney foi, antes de tudo, um fiel servidor de sua classe social. Algumas vezes esteve na frente dela, ao captar as tendências sociais e políticas. O que o levou a adotar posturas para salvá-la de seus próprios desacertos. Em certo sentido, ele parece acompanhar os passos sagazes de Vargas que, em seu tempo, salvou tanto os latifundiários quanto a burguesia com seu faro agudo para as mudanças em gestação na base da sociedade.
Provavelmente, foi essa intuição que levou Sarney, em 2002, bem à frente de seus partidários, a vislumbrar que era o momento de permitir que representantes dos trabalhadores experimentassem o mel e o fel de ser governo, sem ter o poder. O que lhes garantiu canais de negociação e influência no governo Lula, e benefícios evidentes para sua classe, como um todo
Diante desse histórico, o que se pergunta é: por que uma parte da burguesia decidiu liquidar, com desonra, um de seus mais sagazes representantes políticos? Seus pecadilhos, assim como vários dos seus grandes pecados, não são em nada diferentes dos que a maioria dos senadores e deputados deve confessar a seus pastores. E não se diferem em nada da prática diária da burguesia, ao realizar seus negócios. Então, por que a fúria para derrubar o senador?
A resposta a essas questões pode estar no fato do senador Sarney haver demonstrado propensão a considerar que o governo, com participação de representantes dos trabalhadores, deva ter continuidade, em 2010. Isto pode resultar na negativa de utilizar a presidência do Senado como instrumento para paralisar o governo atual. Se isso for verdade, a suposta falta de decoro parlamentar do senador não passa de cortina de fumaça. Ela esconde apenas a tentativa de derrubar o senador para, através da presidência do Senado, virar o jogo de 2010 no tapetão, impedindo o governo Lula de realizar seus principais projetos.
Porém, a resposta pode mesmo estar relacionada com deslizes na emissão de decretos secretos, ou na omissão diante deles, assim como com atos de favorecimento para empregos no Senado e na Câmara dos Deputados. Se esta for a verdade, os senadores deveriam acabar com a hipocrisia e realizar uma investigação séria, colocando-se todos sob suspeição.
Com uma investigação desse tipo, separando-se os que realmente não participaram de qualquer daqueles atos dos que os praticaram, é provável que o senador Sarney não saia ileso. Mas, certamente, levaria muita gente consigo. Seria o justo. O resto não passa de engodo de falsa moralidade e objetivos escusos.


Wladimir Pomar é escritor e analista político.

domingo, 12 de julho de 2009

UMA OUTRA GREVE É POSSÍVEL

Por Flávio Aguiar
UMA OUTRA GREVE É POSSÍVEL e uma outra reitoria também.
Esta semana (a partir de 15 até 19 de junho) é uma semana de greve no ensino alemão. Várias universidades e muitas escolas secundárias paralisaram suas atividades, em diferentes dias, mobilizando-se por mais verbas para a educação, melhores condições de ensino, e por uma gestão mais democrática do setor.
Na Europa têm sido constantes os protestos estudantis motivados contra o chamado “Processo de Bolonha”, uma declaração conjunta dos países integrantes da União Européia. Esse “Processo”, criado de 1998 a 2000, teve por objetivo centralizar e uniformizar as políticas educacionais européias, tendo como alvo aumentar sua competitividade em relação à dos Estados Unidos, no que se refere ao ensino superior. Na prática, ele trouxe a adoção de uma série de medidas inspiradas em critérios empresariais, e foi implantado sem consulta às universidades e outras agências em nível nacional. Significou uma diminuição do espaço público e um aumento da privatização do ensino, além de trazer uma aura de descompromisso dos estados nacionais para com o nível superior de ensino, com diminuição de verbas e por vezes de ofertas de cursos, particularmente aqueles considerados não-rentáveis, ou “de luxo”. A área de humanas foi particular e duramente afetada. (Ver, a esse respeito, o artigo de Lima, LC; Azevedo, MLN; Catani, AM;
“O Processo de Bolonha, a avaliação da educação superior e algumas considerações sobre a Universidade Nova”).
Sobre a greve, uma decisão importante foi a da reitoria da Universidade Livre de Berlim (Freie Universität Berlin). O reitor enviou uma carta a todos os docentes pedindo que colaborassem com o movimento dos estudantes, evitando provas nessa semana, pedindo a não adoção de faltas ou outras medidas punitivas contra o movimento, e estimulando-os a participar de atividades como debates e aulas públicas sobre os temas do movimento.
Além da suspensão das aulas, das “aulas na greve” na própria universidade ou pelas diversas cidades alemãs, na quarta-feira, dia 17, houve manifestações de rua por toda a Alemanha. Em Berlim os estudantes se concentraram na Alexanderplatz (famoso lugar berlinense, um antigo bairro operário movimentadíssimo, arrasado pela guerra, hoje uma imensa praça em frente à prefeitura – ver o romance de Alfred Döblin, “Berlin Alexanderplatz”).
Carta Maior esteve lá: havia milhares de jovens (no olhômetro, pois o lugar é muito vasto e a multidão estava muito dispersa, calculei umas dez mil pessoas). Havia muitos jovens muito jovens, que vinham das escolas secundárias, muitos e muitos estudantes universitários, e alguns “seniores” que nem eu, que eram professores, também portando cartazes e faixas, como os outros. Muitos pais jovens levaram suas crianças, e havia um número significativo de paraplégicos com suas cadeiras de rodas motorizadas ou não. Como sempre, nessas ocasiões, era pequena a presença do “escalão médio de idade”, assim, digamos, entre os 30 e os 50 anos, em relação às outras faixas geracionais.
A manifestação evidentemente atrapalhou o trânsito, e modificou a circulação na região. Pude observar o ar irritado de uns tipos “executivos”, com seus ternos e gravatas, na casa dos quarenta anos, com aquilo que para eles devia ser uma perturbação inútil da “Ordnung”.
Havia reivindicações e cartazes para todos os gostos. Iam desde pedidos específicos, como “Um computador para a sala tal da Faculdade X” (esqueci o número e o nome) até o genérico “Mehr Geld für Bildung”, “Mais Dinheiro (ou Verba) para a Educação”. Também: “A educação não é um instrumento (Apparat, aparelho) da economia”. E havia os engraçados: “Mais cérebros para todos”, ou “Quando eu crescer, serei apenas um capital humano”.
A polícia seguia de perto e de longe a manifestação. Não houve confrontos, nem mesmo quando os manifestantes saíram em passeata em direção ao Hackescher Markt, outro ponto tradicional da cidade, antigo bairro judeu e hoje sede de uma série de espaços culturais, sindicatos, etc.
Mas não pensem que tudo são flores e jardins amenos. Na noite anterior, 14, um grupo de estudantes ocupou a reitoria da Freie Universität. O reitor, que enviara a carta, chamou a polícia, para a reintegração de posse. Mas houve uma negociação, conduzida por um grupo de professores, e os manifestantes se retiraram pacificamente do prédio, que ficou incólume, sem danos. É verdade que em sites da greve apareceram reclamações, dizendo que alguns dos estudantes foram “molestados” pela polícia. Mas nem de longe qualquer coisa que se assemelhasse àquilo com que estamos acostumados, quando a nossa polícia “entra em campus”.
Agora, quando digo que nem tudo são flores, quero dizer que também há espinhos brabos por aqui. Na França as manifestações dos estudantes contra as mesmas medidas têm sido marcadas pela repressão policial. Na Alemanha, em protestos de rua, é freqüente a presença dos “Autonomen”, “Autônomos”, grupos de centenas de jovens, que se auto-convocam pela internete, se vestem de preto, com óculos escuros ou lenços sobre o rosto, e que invariavelmente vão para o confronto com a polícia, queima de carros, apedrejamento de vitrines,e outras violências do gênero.
Na noite do dia 14, enquanto estudantes ocupavam a reitoria da FU, a televisão mostrou uma reportagem sobre um jovem aluno universitário que, em 2007, durante as manifestações contra o G-8, em Rostock (Carta Maior também esteve lá), perdeu uma vista devido à ação da polícia. A reunião do G-8 era em cidade vizinha, com forte aparato policial isolando os acessos. Grupos de jovens tentaram chegar ao local atravessando os descampados das áreas rurais. Também foram contidos pelos policiais.
Numa dessas ocasiões, a polícia, não se sabe muito bem por quê, resolveu dispersar os manifestantes com jatos de água. Aliás, quando daquela cobertura, pude constatar em várias ocasiões o despreparo, pelo menos daquelas forças policiais que lá estavam, para lidar com essas situações.
Além de repressora, a atitude dos policiais foi absurda, pois os jovens não bloqueavam qualquer caminho, nem investiram contra o aparato. O jovem em questão foi surpreendido – pois o clima não era de confronto – e tomou o aparentemente “inofensivo” jato de água de frente, em pleno rosto, o que lhe esmagou um dos olhos. O jovem agora processa a polícia que, por seu turno, nega ter qualquer responsabilidade pelo ocorrido (?!).
Muitos jovens – e pude conversar com alguns a respeito – reclamam que nos últimos anos houve um “endireitamento” do corpo docente, tornado mais e mais conservador em muitas áreas. Isso rima com aquela observação sobre gerações que fiz acima e em outras matérias, sobre a existência de uma “geração perdida” na Europa, a que amadureceu com a crise e a queda dos regimes comunistas do leste europeu. Felizmente entre os mais jovens a tendência é outra, mais participativa e também mais contestadora – o que não quer dizer que tenham propriamente nostalgia em relação aos regimes que ruíram. Têm, e há pesquisas interessantes a respeito – de alguns aspectos, sobretudo, é claro, nas áreas de emprego e políticas sociais. Além de que no lado oriental as políticas eram de pleno emprego, a situação das mulheres, por exemplo, em matéria de creches e direitos da maternidade, era muito melhor do que a de agora, no capitalismo triunfante.
De todo modo, a semana de greve pela educação foi cheia de ensinamentos para este correspondente. Entre eles, a de que, com todos os problemas e conflitos que podem existir, uma outra greve e um outro tipo de autoridade universitária são possíveis.

sábado, 4 de julho de 2009

Os Políticos e a Imprensa

Por Sonia Montenegro em 3/7/2009

Em 25 de abril de 1984, a emenda que viabilizaria a eleição direta foi derrubada, apesar do grande movimento popular que clamava a volta da democracia e o direito ao voto.
Neste tempo, o político mineiro Tancredo Neves, apesar de comparecer aos comícios das Diretas Já, torcia para que a emenda não fosse aprovada, para que ele pudesse se candidatar pelo PMDB, e ser eventualmente eleito presidente pelo Colégio Eleitoral. Tancredo sabia que sua única chance seria a eleição indireta.
Em 23 de julho, PMDB e PFL assinam aliança Tancredo-Sarney, como candidatos do Colégio Eleitoral para a escolha do novo Presidente e vice da chamada “nova” República.
Tancredo conseguiu a aprovação da imprensa, já havia se entendido com o Roberto Marinho das Organizações Globo, e construiu uma grande aliança que garantiu sua vitória no Colégio Eleitoral, porém, na véspera de sua posse, foi internado, sofreu 7 cirurgias, vindo a falecer.
Sua morte só foi anunciada à nação no dia 21 de abril, para coincidir com a morte de Tiradentes, seu conterrâneo e mártir da independência. Tancredo era então o mártir da República. Enquanto ele agonizava, a imprensa o beatificava, com matérias e reportagens que geraram uma comoção popular, como de costume, aliás.
Em 15 de março de 1985 Sarney assume provisoriamente a presidência, e em 22 de abril, definitivamente. Nesta altura, já tinha tido vários mandatos como deputado, governador biônico (eleito indiretamente) do Maranhão, senador e presidente do PDS. Sua vida pública já era conhecida de todos, mas teve apoio no Congresso e conseguiu inclusive aumentar em mais 1 ano o seu mandato. Depois de deixar a presidência, elegeu-se senador pelo Amapá e compunha a base de apoio do governo de FHC.
Em 2002, sua filha, Roseana Sarney se candidata à presidência pelo PFL e começa a ameaçar a ida do tucano José Serra para disputar o 2º turno da eleição com Lula. Isso deixou os tucanos de orelha em pé, com a certeza de que alguma coisa teria que ser feita para impedir a vergonha do candidato de FHC não chegar nem ao 2º turno.
No dia 1º de março de 2002, a PF invade o escritório da Lunus (MA), empresa do marido da então candidata à presidência Roseana Sarney, e encontra R$ 1,3 milhão no cofre. A imprensa divulga imediatamente a pilha de dinheiro e derruba a candidatura da Roseana.
Em 20 de março, o senador José Sarney, pai de Roseana, faz discurso no plenário e acusa textualmente o candidato José Serra como o responsável pela ação da PF. Todos os envolvidos nela eram “gente do Serra”. Não se tem notícia de que tenha sido processado por seu discurso, nem que tenha sido ameaçado por “quebra de decoro”, pelas graves acusações que fez.
“Acusam a governadora pela aprovação da Usimar e esquecem o ex-ministro José Serra, que responde ao processo 96.00.01079-0 por ‘improbidade administrativa - ressarcimento ao erário’, a outra ação, 2000.34.00.033429-7, com a finalidade de ‘reparação de danos ao erário’, e ainda a várias outras ações ordinárias, cautelares, civis públicas, populares”.
O texto acima serve apenas para mostrar a hipocrisia dos políticos e da imprensa:
1-Tancredo fingia que apoiava o movimento pelas Diretas, mas torcia para que não fosse aprovada. Obviamente, a imprensa tinha conhecimento de tudo, mas como não interessava, não divulgava. (Há pouco tempo o jornalista Maurício Dias escreveu a esse respeito em Carta Capital)
2-Sarney, quando era da base de apoio do governo FHC era um político ilustre. Foi presidente do Senado no 1º ano do mandato de FHC (entre 1995 e 1997), seguido de ACM, Jader Barbalho...
3-As abundantes irregularidades do Senado agora denunciadas, já acontecem há pelo menos 15 anos, segundo se diz, mas só agora existe um real interesse em denunciá-las. Aliás, mais uma vantagem de ter Lula no poder: pela 1ª vez, os políticos que mandaram e desmandaram por todo tempo neste país querem apurar as irregularidades, embora retrocedam quando estas retroagem a 2002. FHC espertamente disse que o que aconteceu no seu governo já faz parte da história.
4-Renan Calheiros renunciou à presidência do Senado porque tem uma filha fora do casamento (reconhecida por ele) que foi sustentada por um empresário, mas FHC tem um filho também fora do casamento (não reconhecido por ele), que é sustentado pela Rede Globo (sua mãe é jornalista global, e foi transferida para a Espanha, para não causar transtornos ao pai), mas disso a imprensa não fala, exceto a revista Caros Amigos, que divulgou o fato, e não foi acionada nem contestada. Agora Renan é corrupto, mas ele foi Ministro da Justiça de FHC.
5-Sempre que são feitas denúncias de corrupção, a imprensa elege os “arautos da moralidade” para fazer seus comentários indignados. Os cidadãos desavisados tendem a acreditar que essas figuras são corretas, o que não corresponde à realidade. É pura hipocrisia!
6-Se a imprensa tivesse compromisso com a verdade, escolheria aqueles com ficha limpa, tendo portanto uma enorme responsabilidade pela péssima qualidade do nosso legislativo.
7-A imprensa apoiou o golpe de 64, a ditadura, o Collor, o FHC, e continuará apoiando o que de pior existe na política brasileira, para preservar seus interesses e de seus anunciantes. Essa é a sua lei maior!!!
8-José Agripino Maia é primo de Agaciel Maia, que em 19 de junho último casou sua filha, e contou com a família de Agripino pra prestigiar a festa! Fez-se na política nos tempos da ditadura, quando a corrupção não era noticiada pela imprensa, mas ainda assim, basta procurar para encontrar uma série de denúncias e irregularidades em sua vida pública, como dinheiro “por fora” para campanhas eleitorais. É dono também de alguns veículos de comunicação.
9-Heráclito Fortes também é político dos tempos da ditadura, e faz parte da “tropa-de-choque” do banqueiro condenado Daniel Dantas. Tinha em seu gabinete, desde 2003, como funcionária fantasma morando em São Paulo, Luciana Cardoso, filha de FHC. Recentemente defendeu o pagamento de R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários durante o mês de janeiro, em pleno recesso, quando não houve trabalho parlamentar no Congresso.
10-Arthur Virgílio é o rei da cara-de-pau. Bradava contra o caixa 2 do PT, que chamam de “mensalão” apenas para dar uma impressão de maior gravidade, mas em entrevista ao Jornal do Brasil em 19/11/2000, reconhece que “foi obrigado” a fazer caixa 2 na campanha para o governo do Amazonas, e que podia reconhecer o fato publicamente porque o crime já prescrevera. Quando foi prefeito de Manaus, teve nada menos que 46 operações e obras classificadas de irregulares, por uma auditoria no Tribunal de Contas do Município (TCM) JB 18/3/92. Recentemente, divulgou-se que seu assessor pediu a Agaciel US$10 mil, garantindo que um rateio entre “amigos” quitou o empréstimo. Agaciel nega ter recebido. Por atos secretos do Senado, contratou seu professor de jiu-jitsu, 3 filhos de seu subchefe de gabinete Carlos Homero Nina Vieira, um deles morando na Espanha, e ainda a mulher e a irmã de Nina Vieira, sem contar os gastos R$ 723 mil com despesas médicas de sua falecida mãe, em 2006.
Esses são os políticos que a imprensa escolhe para dar depoimentos condenando a corrupção. Seria cômico se não fosse trágico!
Claro está que a intenção da imprensa e da oposição não é absolutamente a de moralizar o Senado, mas toda essa repentina perseguição ao Sarney tem alguns objetivos importantes para a oposição: paralisa o Senado, em tempos de crise mundial, prejudicando o governo e principalmente o país, e intimida os parlamentares da base de apoio deste governo. É como se estivessem dizendo a todos os parlamentares: cuidado, apoiar o governo Lula é muito perigoso!!!